Com Odilon Wagner e Claudio Fontana, espetáculo “A Última Sessão de Freud” volta a São Paulo para mais uma temporada no Teatro Bravos.
O espetáculo A Última Sessão de Freud, montagem dirigida por Elias Andreato para o texto do premiado autor americano Mark St. Germain, entra em temporada no Teatro Bravos de 20 de janeiro à 30 de abril.
A trama apresenta um encontro fictício entre Sigmund Freud (Odilon Wagner) o pai da psicanálise, e o escritor, poeta e crítico literário C.S.Lewis (Claudio Fontana), dois intelectuais que influenciaram o pensamento científico filosófico da sociedade do século 20.
Durante esse diálogo, Sigmund Freud, crítico implacável da crença religiosa, e C.S. Lewis, renomado professor de Oxford, crítico literário, ex-ateu e influente defensor da fé baseada na razão, debatem, de forma apaixonada, o dilema entre ateísmo e crença em Deus. O texto de Mark St. Germain é baseado no livro Deus em Questão, escrito pelo Dr. Armand M.Nicholi Jr. – professor clínico de psiquiatria da Harvard Medical School. Freud quer entender porque um ex-ateu, um brilhante intelectual como C.S. Lewis, pode, segundo suas palavras, “abandonar a verdade por uma mentira insidiosa” – tornando-se um cristão convicto.
No gabinete de Freud, na Inglaterra, eles conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo, morte e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador através de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.
O cenário assinado por Fábio Namatame reproduz o consultório onde Freud desenvolvia sua psicanálise e seus estudos. Ele estava exilado na Inglaterra depois de ter fugido da perseguição nazista na Áustria, em plena segunda guerra mundial, no ano de 1939.
Em uma entrevista sobre o espetáculo, o autor comenta: “A peça mostra um embate de ideias. Isso é uma armadilha, e eu não queria que o espetáculo se transformasse em um debate. Por isso, pelo bem da ação dramática, situei o encontro entre Freud e Lewis no dia em que a Inglaterra ingressou na Segunda Guerra Mundial. Então, são dois homens no limite, sabendo que Hitler poderia bombardear Londres a qualquer minuto”.
O diretor Elias Andreato optou por uma encenação que valorize a palavra, construindo as cenas de modo que o texto seja o protagonista e as ideias estejam à frente de qualquer linguagem.
“O Teatro é uma forma de arte onde os atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados. É isso o que me interessa: despertar sentimentos e acreditar na força de se contar uma história. É muito prazeroso brincar de ser outro e viver a vida dessa pessoa em um cenário realista, com figurino de época, jogando com ficção e realidade. Isso é a realização para qualquer artista de teatro. E é assim que defino essa experiência de me debruçar sobre a obra teatral de Mark St. Germain: A Última Sessão de Freud. Depois de 25 anos de sessões de psicanálise, talvez seja necessário me deixar conduzir, cada vez mais, pela paixão que tenho por meu ofício: o Teatro. A minha profissão de fé. E crer: a arte sempre nos salva de todos os perigos”, comenta o diretor.
Para Odilon Wagner a experiência de interpretar Freud é fascinante: “Para um ator ter a oportunidade de representar um personagem tão intenso e profundo, que fez parte de nossa história recente, é um privilégio. A construção desse personagem me fez vibrar desde a primeira leitura, foram meses estudando sua vida e personalidade, para tentar trazer um recorte mais fiel possível do último ano de vida desse grande gênio do século 20”, revela.
Texto: Mark St. Germain.
Tradução: Clarisse Abujamra.
Direção: Elias Andreato.
Assistente de Direção: Raphael Gama.
Idealização: Ronaldo Diaféria.
Elenco: Odilon Wagner e Claudio Fontana.
Cenário e figurino: Fábio Namatame.
Assistente de cenografia: Fernando Passetti.
Desenho de Luz: Gabriel Paiva e André Prado.
Trilha Sonora: Raphael Gama.
Arte Gráfica: Rodolfo Juliani.
Fotografia: João Caldas.
Iluminação: Nádia Carneiro.
Desenho de som: André Omote.
Coordenador Geral de Produção: Ronaldo Diaféria.
Produção executiva: Jade Minarelli.
Diretor de palco: Tadeu Tosta e Vinicius Henrique.
Produtores Associados: Diaféria Produções e Itaporã Comunicação.
Data: 20/01 à 30/04
Horários: Sexta e Sábado às 20:00. Domingo às 19h.
Local: Teatro Bravos
Endereço: Rua Coropé, 88 – Pinheiros
Ingressos:
PLATEIA PREMIUM: R$ 120,00 (Inteira) | R$ 60,00 (Meia)
PLATEIA INFERIOR: R$ 120,00 (Inteira) | R$ 60,00 (Meia)
BALCÃO: R$ 100,00 (Inteira) | R$ 50,00 (Meia)
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