Com direção de Fernando Philbert, a peça conta a história de um homem que busca na terapia a solução para um problema um tanto excêntrico: vive tomado por uma sensação de desinteresse absoluto por tudo e todos ao redor. Acha tudo muito chato e não consegue prestar atenção em nada que as pessoas dizem.
Num texto ágil, repleto de humor e diálogos rápidos, a peça fala de questões contemporâneas como a dificuldade de concentração em meio à avalanche de informações e estímulos que chegam sem parar, e da falta de interesse pelo outro e pelo coletivo.
A dramaturgia do autor e ator contemporâneo francês Jacques Mougenot aporta pela segunda vez em terras brasileiras. A comédia “O caso Martin Piche”, aqui inédita e rebatizada como O CASO, estreia dia 17 de março no Teatro das Artes. Com direção de Fernando Philbert, atualmente um dos mais profícuos diretores do teatro carioca, estão em cena Otávio Muller e Letícia Isnard. O autor é o mesmo do sucesso “O Escândalo Philippe Dussaert”, com que Marcos Caruso ficou anos em cartaz, arrematando todos os prêmios de melhor ator e melhor espetáculo.
A comédia O CASO, um texto ágil, repleto de humor e diálogos rápidos, fala de questões contemporâneas como a incapacidade de se concentrar em meio à avalanche de informações e estímulos que chegam sem parar, e da falta de interesse pelo outro e pelo coletivo.
“Partir de um incômodo simples, quase natural nos dias de hoje, que é se chatear – sim simplesmente às vezes me chateio e passa, mas e quando não passa? Este é o ponto de O CASO, como o mito de Sísifo que rola sua pedra até o alto do morro e a vê rolar e novamente a empurra, o nosso personagem está mergulhado no enigma de se chatear pela eternidade dos dias. Partindo desse comportamento quase excêntrico, discutimos o todo das nossas relações e modos de conviver em sociedade. Os códigos, o que fingimos, o que julgamos ser incrível e muitas vezes é chato, terrivelmente chato. Nesta comédia com pitadas de absurdo, a investigação psicanalítica se depara com o simples fato de um homem que se chateia pura e simplesmente, e sofre por isto.”, reflete o diretor, Fernando Philbert.
Sinopse
Arnaldo (Otávio Muller), um homem aparentemente comum, procura uma psiquiatra (Letícia Isnard) alegando sofrer de um distúrbio desconhecido: é tomado constantemente por uma sensação de desinteresse completo por absolutamente tudo e todos ao redor. Acha tudo muito chato e não consegue prestar atenção em nada que as pessoas dizem. A psiquiatra, por sua vez, intrigada, tenta de todas as maneiras decifrar a patologia. Quando crê que começa entender o que se passa, o caso toma um novo rumo.
PALAVRA DE ATOR
“Quando li pela primeira vez o texto, a primeira impressão já foi muito boa. Apesar de ser um texto francês contemporâneo, eu acho que o que ele diz é muito para cá e para agora, hoje. Como ator, como artista, eu quero cada vez mais, junto com os parceiros deste projeto, que a peça seja bastante relevante. Que a gente possa acentuar ainda mais essa relevância para o Brasil de agora. A peça fala de um sentimento que todo mundo já teve, em momentos e épocas diferentes na vida, e também agora. Essa coisa do tédio, de achar tudo uma chatice, de não aguentar mais.” (Otávio Muller)
“Em ‘O mal-estar da civilização’, Freud já explicava muito da nossa eterna insatisfação e da inatingível busca da felicidade. O avanço do capitalismo, da tecnologia no cotidiano e a pandemia aprofundaram ainda mais esses sentimentos de infelicidade e tédio. Enquanto não solucionamos a falta de sentido existencial, refletir e, principalmente, rir dela nos alivia e nos conecta com o verdadeiro sentido de tudo: a tal da alegria e da felicidade. Essa peça fala de tudo isso, nos confronta com a nossa estranheza, nos faz rir do nosso próprio caos e ainda manda o tédio e a chatice pro espaço.” (Letícia Isnard)
Ficha Técnica
Texto: Jacques Mougenot
Tradução: Marilu de Seixas Corrêa
Direção: Fernando Philbert
Elenco: Otávio Muller e Letícia Isnard
Cenografia: Natalia Lana
Figurino: Carol Lobato
Iluminação: Vilmar Olos
Trilha Original: Francisco Gil – Gilsons
Arte Gráfica: @orlatoons
Direção de Produção: Carlos Grun
Uma produção Bem Legal Produções
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
Jacques Mougenot – autor
Formado na Escola de Engenharia de Lilles, o ator e dramaturgo francês Jacques Mougenot resolveu dedicar-se exclusivamente à arte dramática. Estudou com o ator e professor de teatro Jean Laurent Cochet, antigo integrante da Comédie Française. Desde 1989, Mougenot vem interpretando papéis clássicos, principalmente de Molière, Marivaux, Victor Hugo, Labiche e Sacha Guitry. Começou então a escrever e interpretar seus próprios textos (peças de teatro e recitais de poesia). Escreveu uma dezena de peças, entre as quais “Ainsi soit “je”; “La carpe du Duc de Brienne”; “Corot”; “Le maître-chanteur”; “L’affaire Dussaert” (O Escândalo Dussaert); “Le cas Martin Piche”; “Deux timides à la clé” (comédia musical baseada em Labiche); “Les fiancés de Loches” (comédia musical inspirada em Feydeau); “La princesse moche” (comédia musical), das quais 6 já foram produzidas em Paris. Em 2011, recebeu o prêmio Philippe Avron por sua peça “L’affaire Dussaert” (O Escândalo Dussaert”), que interpretou mais de 600 vezes.
Fernando Philbert – diretor
Um dos mais profícuos diretores contemporâneos, Fernando Philbert trabalhou em parceria com Aderbal Freire-Filho durante 15 anos, codirigindo dezenas de produções. Como diretor, assina espetáculos como “Três Mulheres Altas” (com Deborah Evelyn, Suely Franco e Nathalia Dill); “O Escândalo Philippe Dussaert”, com Marcos Caruso; “O Topo da Montanha”, com Lázaro Ramos e Thaís Araújo; “Contos Negreiros”; “O Corpo da Mulher como Campo de Batalha”, com Fernanda Nobre, entre tantos outros.
Otávio Muller – ator
Uma das maiores referências do humor brasileiro, tido como um dos precursores de uma forma natural de fazer rir, é seguido por diversos atores que, da mesma maneira, buscam uma aproximação e identificação maior com o público. Atuou em sucessos como as séries “Tapas e Beijos” e “Sob Nova Direção”, na TV Globo, além de dezenas de filmes, novelas e peças de teatro.
Letícia Isnard – atriz
Integrante da Companhia de Teatro Os Dezequilibrados desde 2001, participou dos espetáculos “Bonitinha, mas Ordinária” e em seguida na peça “Vida, o Filme”. Na TV, estreou em “Minha Nada Mole Vida”, emendando vários trabalhos como a novela “Beleza Pura”, e depois participações especiais nas séries “A Grande Família”, “Afinal, o Que Querem as Mulheres?”, “Força Tarefa” e “Separação”. O grande reconhecimento por parte do público chegou na antolígica novela “Avenida Brasil” onde integrou o famoso núcleo da mansão interpretando Ivana, irmã do protagonista Tufão (Murilo Benício). Em 2013, interpretou a vigarista Brenda na novela “Sangue Bom”.
Carlos Grun – produtor
Em 20 anos de carreira, como produtor executivo e diretor de produção, realizou mais de 40 projetos, dentre eles: “Z.É – Zenas Emprovisadas”, com Marcelo Adnet e Gregório Duvivier; “Renato Russo – a Peça”; “Os Ignorantes”, com Pedro Cardoso; “Outside”; com Letícia Spiller; “A Volta ao Lar”, com Tonico Pereira e Milhem Cortaz. É idealizador de SELFIE com Mateus Solano; produtor de “O Escândalo Philippe Dussaert”, com Marcos Caruso; “Mãe Fora da Caixa”, com Miá Mello; “Vocês Foram Maravilhosos”, com Marcos Veras; “Intimidade Indecente”, com Marcos Caruso e Eliane Giardini, todos com temporadas e turnês pelo Brasil e Portugal. Em 2023, estreia “Dom Quixote”, com adaptação de Geraldo Carneiro, e também os inéditos “Diário de Um Louco”, com Milhem Cortaz, e “O Caso Martin Piche”, com Otávio Muller e Letícia Isnard.
O CASO
Estréia: De 20 de maio à 09 de julho
Horário: Sábados às 20h00 e domingos às 17h00.
Classificação: 12 anos
Duração: 80 min.
Local: Teatro Bravos
Endereço: Rua Coropé, 88 – Pinheiros
Ingressos:
PLATEIA PREMIUM: R$ 120,00
PLATEIA INFERIOR: R$ 100,00
BALCÃO: R$ 80,00
@Teatro Bravos 2022. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por FG7 Websites.
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